Design Thinking aplicado à Arquitetura



Tendo início no Vale do Silício, a abordagem Design Thinking é fruto de dois consultores norte-americanos, David Kelley e Tim Brown, ambos da consultoria IDEO. Foi por meio da publicação da obra Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias; de autoria de Brown, que o termo se popularizou e ganhou adaptações nas mais variadas áreas de atuação.

A arquitetura também se beneficiou dessa maneira inovadora de propor soluções ao desenvolvimento de projetos. Conheça a seguir como o design thinking tem contribuído neste sentido.

O que é exatamente o Design Thinking?

Resumidamente, podemos dizer que o design thinking é uma abordagem proposta para encontrar soluções no desenvolvimento de produtos e negócios, utilizando processos cognitivos semelhantes aos reproduzidos pelos designers. Nesta busca por respostas assertivas encontram-se o processo de brainstorm, pesquisa e envolvimento de equipe multidisciplinar na busca pela seleção das melhores ideias.

Segundo definição do próprio Tim Brown: “Design Thinking é uma abordagem para a inovação, centrada no ser humano e baseada no escopo de ferramentas do designer, que visa a integração das necessidades das pessoas às possibilidades tecnológicas e aos principais requisitos para o sucesso do negócio.”

Como aplicar o Design Thinking na Arquitetura?

Ao adotar a abordagem do design thinking para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos é preciso ter como ponto de partida o reconhecimento das necessidades do cliente. Esse primeiro levantamento será fundamental para nortear as etapas de desenvolvimento do conceito, amparadas por essa inovadora abordagem. Confira a seguir os passos indicados para a aplicação do Design Thinking:

1. Olhar para o projeto de forma empática:

A empatia ganha destaque na forma de pensar projetos via design thinking. Isso significa dizer que o profissional passa a se despir dos seus gostos pessoais para se colocar no lugar do cliente. Essa capacidade de compreensão dos anseios alheios é essencial em se tratando desta abordagem.

Para isso, recomenda-se que se faça um briefing bastante detalhado, levando em consideração anseios funcionais, estéticos e de expectativa do cliente sobre o espaço projetado. Quanto mais informações forem coletadas nesta etapa, mais elementos o profissional terá para utilizar na hora de idealizar o projeto.

2. Mapeamento dos potenciais problemas

Além de se atentar para as expectativas do cliente, também é preciso levantar os potenciais problemas que possam advir no decorrer da obra. Nessa etapa de identificação dos pontos negativos é importante também atuar de forma empática, sempre se posicionando pela ótica do cliente, para quem a obra será destinada.

3. Momento brainstorm

Com pontos fortes e fracos do trabalho apurados, chega o momento de fazer o levantamento de ideias para serem aplicadas na prática. Essa fase se enriquece quanto mais variada for a equipe convocada. A arquitetura é uma atividade que se exerce coletivamente, contando com apoio de demais profissionais. Portanto, quando mais multidisciplinar for composta essa equipe do brainstorm, mas enriquecedor será o resultado de soluções e ideias apresentadas.

4. Colocando o projeto em prática

Um dos principais pilares do design thinking é o fortalecimento dos projetos por todas as pessoas que o compõem. Na hora de tirar a ideia do papel é preciso levar em consideração como cada um dos envolvidos irá participar e se beneficiar com sua participação. Com isso, entra em cena não só os prestadores de serviço mas os fornecedores e toda a rede que é movimentada em torno da conclusão do projeto. Quanto mais satisfeitos estiverem, melhor será o resultado final.

O design thinking favorece toda a atividade que lida com a criatividade como principal premissa. Logo, é totalmente adaptado ao ato projetual na Arquitetura e a todas as etapas que lhe integram. Uma forma de trazer os demais integrantes do projeto para dentro do processo criativo, entendendo de maneira ativa a contribuição de cada um, os pontos que podem evoluir conjuntamente e se beneficiarem mutuamente.





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