Saiba como se beneficiar do Design Thinking



Valiosas lições são tiradas ao se observar as áreas que exigem criatividade e uma boa dose de inventividade no desempenho das suas atividades. O design pela sua própria natureza é uma prática totalmente atrelada a essas duas condutas, portanto a sua compreensão e a forma como a mente disruptiva de seus profissionais funciona inspirou a elaboração de uma abordagem inovadora aplicável a diversas áreas: o design thinking.

 

O que é Design Thinking?

Importante começar explicando que o design thinking não se trata de uma metodologia mas sim uma abordagem perfeitamente aplicável a diversas áreas, e que foi inspirada na maneira criativa com que profissionais que desenvolvem produtos costumam agir em busca da sua superação criativa, e de problemas encontrados no decorrer desse processo.

 

Pensar dentro da abordagem do design thinking exige que se adote uma postura empática, ou seja, aquela onde se coloca no lugar dos diversos interessados no processo (stakeholders), contemplando a participação de cada um e os benefícios advindos com as parcerias estabelecidas. Essa abordagem humaniza o processo como um todo, ao tirar o foco dado somente ao consumidor final, e incluir no desenvolvimento da ideia a forma como os parceiros serão contemplados e beneficiados.

 

A melhor maneira de implementar o design thinking é contando com a participação de profissionais das diferentes áreas envolvidas, que podem opinar dentro das suas especialidades sobre as saídas encontradas para os problemas e questões que serão levantadas, em um exercício de brainstorm.

 

Logo, diante da constatação de um problema, seria montada uma equipe multidisciplinar livre para mapear e contribuir com sua visão especializada sobre meios de contornar as adversidades, ou mesmo atingir algum resultado esperado. Obviamente que o resultado final que se almeja é o de atender ao consumidor final em suas especificidades e demandas. Mas durante o processo que se trilha para chegar a esse caminho, os demais envolvidos são verdadeiramente contemplados para que também sejam beneficiados pelas ações que serão implementadas. Com isso, atende-se ambas as partes: clientes internos e externos.

 

Sugiro a seguir algumas etapas para melhor orientar sobre a aplicabilidade do design thinking.

 

  1. O exercício de conhecer-se a si tão bem quanto à concorrência:

Nesta primeira abordagem via design thinking sugere-se que seja feito um levantamento dos pontos fortes e fracos da ideia ou produto que deseja ser aprimorado. Conhecer a fundo qualidades e defeitos é fundamental para conseguir visualizar os pontos que requerem maior atenção e aqueles que podem ser melhor aproveitados.

No entanto, para conseguir inovar na proposta é fundamental saber como os concorrentes estão se posicionando e em quais pontos eles conseguiram avançar além da sua proposta. Quando se pensa em dominar o mercado é preciso buscar ao máximo informações úteis que possam nutrir o processo criativo. Avaliar a fundo o que vem sendo feito vai ajudar a pensar maneiras de se sobressair. Entram em cena as análises SWOT, benchmarking e outras que possam auxiliá-lo neste processo de descobertas.

 

  1. Amparar-se em pesquisas

Ação que decorre da primeira dica, investir em pesquisa para entender melhor as formas de inovar e se mostrar como diferenciado no mercado são de fundamental importância. E vão contribuir para o próximo passo, que é a idealização do produto ou serviço.

 

  1. Idealização do produto ou serviço

Neste etapa que o design thinking ganha corpo pois é quando a ideia começa a sair do papel e se tornar uma realidade, amparada nas reflexões e pesquisas realizadas anteriormente. Importante entender nesta etapa como cada um dos stakeholders são impactados, como fazer essa relação ter a sinergia necessária para prosperar e assim atender aos anseios do público que se pretende impactar. Nesta fase de uso extremo da criatividade podem surgir ideias para vários tipos de produtos ou serviços.

 

  1. Teste de protótipos

Engana-se quem pensa que o lançamento de um produto só é feito quando ele está na sua forma perfeita e irretocável. Na verdade, a indústria, principalmente a tecnológica, tem trabalhado com o lançamento de protótipos que são aprimorados mediante o seu uso. Os smartphones são um exemplo clássico disso, e suas atualizações em sucessivas versões nos mostram essa prática.

Para isso, investe-se no que se chama de Minimum Viable Product (MVP – produto minimamente viável), que é a versão mais simples do produto e que pode ser lançado em caráter de teste, sem vincular-se a ganhos, mas à percepção do usuário quanto à sua utilidade e opiniões sobre possíveis melhorias.

 

  1. O lançamento oficial

Com o resultado dos testes feitos na versão MVP chega a hora de fazer o lançamento oficial do produto, em sua forma mais completa. Isso significa que a partir daí, todas as atenções passarão a se focar na sua contínua melhoria, tendo como apoio a equipe inicial formada pelo público interno e os stakeholders. Uma coisa é certa, em se tratando de soluções inovadoras, esse aprimoramento deve ser constante.





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