A neuroarquitetura vista pelo viés da Teoria da Empatia



Em meados do século XIX um grupo de intelectuais na Alemanha passou a estudar os impactos sensoriais e emocionais das artes nos seres humanos. Como extensão de seus estudos, passaram a vislumbrar também os efeitos da arquitetura entre seus apreciadores. Surgiu a partir daí uma corrente filosófica que recebeu o termo de Einfühlung, sendo entendida mais adiante por empatia.

 

Convidei dois arquitetos e estudiosos dessa corrente filosófica, Caroline Ogura e Maurício Dallastra, para contribuírem com explicações mais aprofundadas de como essa valiosa teoria se desenvolveu e passou a atribuir sentidos nos projetos de neuroarquitetura. Acompanhe na entrevista a seguir:

 

Lorí Crízel – Como a teoria de Einfühlung foi sendo absorvida pelas outras áreas do conhecimento humano?

Caroline Ogura e Maurício Dallastra – Ao buscar referências sobre o tema, percebe-se que as movimentações em torno do assunto acontecem em um núcleo comum – Alemanha – em meados do século XIX. É importante destacar que o termo “Einfühlung”, desenvolvido no âmbito da estética para entender o efeito emocional das formas – especialmente, mas não apenas, formas espaciais (GALLAND-SZYMKOWIAKM, 2017), surgiu em um ponto posterior na linha cronológica.

Contudo, cabe salientar que as conceituações encontradas são diversas, sendo aqui apresentados as principais referências que corroboram com a árdua tarefa de traçar uma linha do tempo deste conceito filosófico. Tal roteiro permeia diferentes áreas de conhecimento e, portanto, torna ainda mais complexo o trabalho de elencar datas e definições precisas acerca das teorias.

Einfuhlung é, portanto, o termo cujo significado estava inicialmente associado ao estudo da empatia entre os seres humanos enquanto indivíduos sociais, passando a ser empregado, posterior para designar e descrever a relação entre o homem e a natureza. Segundo NOWAK (2011) a origem do termo surge a partir dos estudos filosóficos de Johann Gottfried Herder o qual descreve a empatia como elemento fundamental para a interpretação de textos, história e culturas, sendo utilizados por estudiosos para explicar a unificação entre sujeitos e o objetos (EDWARDS, L. H; 2013).

De acordo com Mallgrave (2009), entre 1846 e 1857, o filósofo alemão Friedrich Theodor Vischer publicou quatro volumes relacionados a estética – ramo da filosofia que tem por objetivo o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte – e em 1851, em um desses volumes, já se tem registro da teoria abrangendo a área da arquitetura, no qual Vischer entende arquitetura como uma “arte simbólica” e que, por meio dela, o papel do arquiteto é imprimir vivacidade com recursos lineares e planos suspensos. Em 1866, o filósofo aponta novas concepções psicológicas sobre como o cérebro tende a interpretar criações artísticas emocional e simbolicamente. Resumidamente, seu conceito é de que fatores externos acabam nos influenciando de maneira muito particular e involuntariamente nosso humor emocional traduz e interpreta a imagem simbólica que o cérebro recebeu. Ele também observou que linhas verticais trazem a sensação de elevar o espírito humano, linhas horizontais o ampliam e linhas curvas se movimentam com mais energia do que linhas retas.

Em 1873, conforme Mallgrave (2009), o filho de Friedrich, o também filósofo Robert Vischer, introduziu pela primeira vez o termo “Einfühlung” em sua dissertação de doutorado. Vale ressaltar que a palavra não tem uma tradução direta, sendo “empatia” ou “sentir-se” suas versões mais aproximadas. Para Robert, “Einfühlung” é o conceito de interpretar objetos de contemplação visual ou artística através de experiências coletivas e pessoais e defende que processos empáticos acontecem involuntariamente. Assim, um objeto passa a ser percebido pelo observador (o qual deixa de ser mero observador, assumindo uma postura ativa no processo perceptivo), de modo que esta relação entre indivíduo e objeto seja tão íntima e marcante que cada detalhe seja assimilado e registrado. Esta experiência torna-se relevante de tal forma que o contato com este objeto em um segundo momento permite reavivar todos os sentimentos outrora percebidos.

Aprimorando a conceituação de seu pai, Robert complementa que uma linha horizontal pode parecer agradável porque está em conformidade com a estrutura do nosso aparelho visual, em contrapartida, uma linha diagonal não traria uma sensação tão aprazível porque requer um movimento menos usual do globo ocular. O similar acontece entre uma linha em forma de arco e outra em formato irregular. Uma forma que apresenta regularidade é mais interessante porque é similar a nossa regularidade corporal.

Ionescu (2016) aponta que Johannes Volkelt, filósofo, concebia empatia como uma faculdade básica da percepção humana, constituinte de qualquer relação com objetos exteriores, porém não a única função ativa, como Lipps – que será abordado a seguir- definia. De acordo com Lux e Weigel (2017), os estudos de Volkelt são bastante expressivos para a teoria, embora ele não utilize o termo “Einfühlung” sua tese de pós-doutorado em 1876, posteriormente ele adota o termo para discorrer sobre o assunto em outras publicações.

Abordando especificamente a arquitetura, Heinrich Wölfflin, um importante nome para a área da história da arte e da filosofia, em 1886 constrói sua tese de doutorado com base em um questionamento central sobre como é possível que formas arquitetônicas possam ser a expressão de uma emoção ou um estado de espírito. Mallgrave (2013) afirma que o historiador considera a nossa organização corporal e seu conjunto de estímulos neurais e motores como fatores que nos fazem perceber um edifício. Um exemplo citado é o fato de, por termos noção da força da gravidade, fazemos a leitura do peso e equilíbrio de um edifício, julgando um projeto de arquitetura devido às condições básicas da vida orgânica. Nesse mesmo período, ainda segundo Mallgrave (2013), o professor de arquitetura Adolf Göller também lança uma dissertação abordando o tema de modo bastante formalista e defendendo que a apreciação da beleza em arquitetura era um fator fundamentalmente psicológico que acontece na imaginação em um primeiro momento.

Göller defende em sua tese que em pinturas e esculturas era impossível dissociar a forma do conteúdo que ela representa, o contrário na arquitetura, onde linhas e formas em sua essência compõem a arte.

É notório que o conceito de “Einfühlung” ganhou popularidade no meio artístico, filosófico e da psicologia e nesse cenário constantemente encontra-se o nome do filósofo alemão Theodor Lipps relacionado com o tema. Segundo Galland-Szymkowiak (2017), entre 1891 e 1897, Lipps desenvolveu o conceito no intuito de explicar ilusões de ótica e experiências perceptivas e afetivas de formas espaciais, como as formas utilizadas em arquitetura, desenho industrial e ornamentos. Ionescu (2016) complementa que, para Lipps, a reflexão sobre a estética do espaço é essencial e em sua tese de 1891 ele designa não apenas a projeção do sentimento indivíduo sobre um objeto, mas também uma imersão emocional em nível simbólico, significando que a experiência é um fluxo emocional irrestrito.

Os estudos sobre a teoria ganharam alcance internacional e, em 1909, o psicólogo estruturalista Edward Titchener em seu trabalho de pesquisa sobre o tema faz a tradução do termo “Einfühlung” para “empathy” – empatia, em português. Edwards (2013) descreve que Titchener analisou a concepção de Lipps como um método introspectivo e discordava de parte de sua pesquisa: enquanto Theodor defendia que sistema sensorial e processamento da informação aconteciam simultaneamente, Edward separava imagem visual da informação cinestésica e acrescentava que somente a sensação cinestésica forneceria informações em “Einfühlung”, mesmo que trabalhassem juntas ou separadas.

Ainda segundo Edwards (2013), após uma série de eventos que mudaram a direção da pesquisa em relação a empatia, não foram encontradas menções do tema na literatura científica relacionada a psicologia entre os anos de 1909 e 1948, somente três artigos teóricos, número pouco expressivo considerando a mobilização da comunidade científica anteriormente. Galland-Szymkowiak (2017), reforça a afirmação mencionando que, de fato, a teoria da arquitetura é praticamente o único domínio no qual um pensamento de “Einfühlung” se manteve vivo até a segunda metade do século XX, complementando que a noção de empatia passou por uma renovação e tornou-se multifacetada.

Mallgrave (2013) cita que em 2007, período mais próximo do contexto atual, o historiador David Freedberg e o neurocientista Vittorio Gallese propõem que a experiência da arte e arquitetura acontecem através da ativação pré-cognitiva de mecanismos corporais espelhados envolvidos com a simulação de ações, emoções e sensações corporais. Gallese é um dos descobridores de neurônios-espelho, o que abriu a possibilidade de relacionar esse agrupamento de neurônios com o comportamento da imitação, sendo que há cada vez mais evidências de que esteja relacionado com fenômenos afetivos mais complexos como a empatia. (CORRADINI & ANTONIETTI, 2013). Jelić (2015) descreve a descoberta do fenômeno de neurônios-espelho como um fator impactante em diversas áreas do conhecimento, sendo que para a arquitetura trata-se de uma forma de explicar como entendemos uma edificação através de nossa forma corporal e de experiência sensitivo-motor e diante desse cenário os estudos de Vischer, Göller, Wölfflin, entre outros citados acima voltam a ganhar força.

Portanto, Einfühlung refere-se a um conceito complexo, ambíguo, mas ao mesmo tempo, fundamental para o período atual, visto que contribui para o desenvolvimento de maneiras de compreender os sentimentos e intenções de outras pessoas a partir de percepções e experiências individuais, deixando a objetividade de lado, tal qual as manifestações artísticas e a arquitetura atuais têm se fundamentado (NOWAK, 2011).

 

Lorí Crízel – Como vocês avaliam a relação direta entre a arquitetura e a teria da empatia propagada pelos teóricos de Einfühlung?

Caroline Ogura e Maurício Dallastra – Como podemos perceber ao avaliar a linha cronológica descrita na pergunta acima, de um modo geral, a noção de empatia ou “Einfühlung” foi desenvolvida para entender o efeito emocional das formas no âmbito das artes plásticas. Por estar fortemente ligada às artes, a sensação é de que a arquitetura naturalmente “buscou” esse conceito para entender e consequentemente otimizar a relação entre espaço e usuário, bem como a maneira como a edificação se apresenta para o observador. Achei bastante pertinente a observação de Galland-Szymkowiak (2017) ao apontar que entre as artes plásticas a arquitetura é a que há maior dualidade entre indivíduo e objeto, visto que este último representa grandes proporções, imobilidade. Mesmo contrastante, a arquitetura como arte pode estabelecer uma conexão íntima e nos suscitar emoções e, por isso, recorre-se a empatia para promover tais experiências.

Logo, a arquitetura não se apropriou desse conceito uma vez que este está naturalmente imbricado ao processo de interpretação e percepção daquela. O que se percebe é que arquitetos, mais do que nunca, têm se debruçado em conceber espaços que, mais do que abrigar, promovam experiências a partir da empatia. Se para Vischer o conceito de Einfuhlung consiste no ato do observador projetar-se no objeto, sentindo-se parte integrante deste, a arquitetura seria a maneira de fazê-lo de forma física e multisensorial. Assim, cada projeto tende a revelar as intenções e emoções de quem os concebe, transferindo isto para os usuários, os quais são envolvidos num processo que explora os sentidos, promovendo experiências e sensações que permitam ser registradas na sua memória.

 

Lorí Crízel – Quais os principais ganhos que a arquitetura teve ao adotar a teoria de einfühlung para a idealização dos projetos?

 

Caroline Ogura e Maurício Dallastra – Espaços tornaram-se mais ricos em detalhes, no sentido de que o ato de adentrar uma edificação, especialmente no âmbito dos projetos comerciais, torna-se uma experiência explorada a partir dos sentidos humanos. Estilos arquitetônicos, cores, texturas, sons e odores são harmonicamente combinados de modo a configurar uma atmosfera que transmita ao usuário sensações exclusivas e, de modo geral, agradáveis, de tal modo que a arquitetura assuma aqui um papel fundamental no sucesso do empreendimento.

 

Em geral, podemos destacar a noção de proporcionar emoções através de formas em qualquer manifestação de arte é algo bastante significativo. Na arquitetura vejo como um recurso interdisciplinar de grande valia para otimizar e principalmente humanizar espaços e edificações, em que se tem uma personalização de projetos que possibilita agregar valor emocional e estético para o mesmo em detrimento de espaços e edificações que muitas vezes transmitem a sensação de que simplesmente adotou-se um “padrão” para replicar, sem considerar condicionantes da relação entre o indivíduo e o ambiente.

Lorí Crízel – Como vocês orientariam um arquiteto a pensar o seu projeto trazendo para dentro dele os conceitos de Einfühlung? Como isso aconteceria?

Caroline Ogura e Maurício Dallastra – Como em todo projeto, faz-se necessário entender os anseios e as necessidades do cliente, seja ele o proprietário do imóvel ou empreendedor, no caso de projetos comerciais. Neste, é preciso conhecer ainda o público alvo do seu negócio. Além disto, é imprescindível que o arquiteto busque aprimorar constantemente os conhecimentos acerca dos assuntos que permeiam esta temática, por meio de livros, artigos científicos, entre outros. A partir disso entendo que a einfuhlung por si só já traduza o processo criativo para a concepção do projeto: se por meio desta o observador, que no caso da arquitetura é o usuário do espaço, projeta-se dentro do objeto observado, o arquiteto, por sua vez, ao conceber um projeto sob a ótica dos conceitos de empatia, deve também projetar-se na condição de usuário para que, a partir de então, possa assimilar as pesquisas conceituais do projeto, adotando os partidos arquitetônicos que melhor se enquadrem às condições pré-estabelecidas.

Entendendo os princípios de Einfühlung, deve-se buscar estabelecer uma forte conexão com o seu cliente, sendo a etapa inicial de coleta de dados fundamental para entender os desejos e expectativas em relação ao projeto como um todo, incluindo o programa de necessidades. Um profissional deve ter ciência de que o que afeta um positivamente pode não ser interessante para outro. Cada caso demanda um direcionamento e, como mencionado anteriormente, é importante aprimorar os conhecimentos e entender as condicionantes de projeto para tanto. Em um projeto residencial por exemplo, a intenção principal é sensação de conforto, segurança e bem-estar e estes fatores dependem muito do perfil do usuário ou do grupo de pessoas que habitarão a residência – por isso a necessidade de atentar para o ponto de vista do solicitante através de entrevistas, em especial no início da concepção dos espaços. Em um projeto corporativo o foco é coletivo onde espera-se um ambiente que promova alta eficiência e rendimento, mas por muitas vezes esquecem de considerar fatores como inclusão e diversidade. Também tem sido comum espaços altamente eficazes que fogem dos “padrões corporativos”, como o caso de incubadoras de inovações que buscam estimular em maior grau a criatividade. Um dos segmentos que explora intensamente os conceitos de empatia é o retail design, que concentra esforços para criar espaços emocionalmente cativantes que transformem a experiência do usuário em resultado positivo para o comércio. Este tipo de projeto valoriza muito a criação de experiências e muitos outros segmentos não foram citados, a intenção é exemplificar como detectar dentro da empatia o objeto (projeto) e o observador (cliente/público alvo).

 

 

Lorí Crízel – De que forma vocês acham que a arquitetura age ao estimular as cognições das pessoas?

 

Caroline Ogura e Maurícilo Dallastra – Entendemos que a arquitetura fundamentada nos conceitos de einfuhlung tende a promover experiências exclusivas aos usuários, de modo que cada edifício seja único, tanto pela sua arquitetura quanto pela sua capacidade de promover sensações por meio do arranjo em que os elementos são combinados. Assim, a arquitetura influenciará na maneira com que um espaço é percebido agindo, inconsciente mas diretamente, no comportamento do indivíduo inserido neste contexto. Como exemplo sabe-se que as cores de uma parede de um quarto são definidas de acordo com as sensações pretendidas para um recinto destinado ao repouso, logo cores estimulantes como o vermelho podem ser visualmente agressivas, tornando o espaço desconfortável. Nos conceitos de einfuhlung, além da cor, outros elementos são compatibilizados, fazendo com que o espaço assuma uma atmosfera exclusiva, confortável e personalizada de acordo com as intenções projetuais do arquiteto.

A arquitetura dispõe de uma gama de recursos e áreas que podem ser exploradas no intuito de estimular as cognições das pessoas, seja de forma natural ou induzida. Espaços que em sua essência sejam bem concebidos naturalmente promovem a sensação de bem-estar e a conexão com o indivíduo, principalmente quando se atenta para princípios básicos de conforto ambiental e quando busca-se explorar os cinco sentidos humanos e não somente o apelo visual. Nesse caso, artifícios como texturas, cores, iluminação natural e artificial, paisagismo, acústica, entre outros, contribuem para tal objetivo. A criação de espaços “moldados” para que o indivíduo possa experienciar de acordo com as suas necessidades e desejos afeta positivamente a qualidade da cognição espacial e até mesmo social deste. O mesmo vale para situações em maior escala que abrangem um grupo maior de pessoas.

 

 


Sobre Maurício Dallastra:

Maurício Dallastra é arquiteto e urbanista graduado em 2013 pela Universidade Paranaense campus Cascavel/PR, cidade onde atuou como trainee no escritório Crízel e Uren Arquitetos Associados. Participou do Concurso Ópera Prima (2012-2013) com o trabalho de conclusão “Escola de Arquitetura para Cascavel – PR”. Também é especialista em Iluminação e Design de Interiores lato sensu pelo IPOG. Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento na Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, Lajedo – Rio Grande do Sul, cuja pesquisa permeia as áreas de conforto térmico e eficiência energética em edifícios. Atua como professor interino no curso de Engenharia Civil na Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra desde 2014, lecionando as disciplinas de Projeto Arquitetônico, Planejamento Urbano e Eficiência Energética em Edificações, além de atuar como professor na universidade de Cuiabá, campus Tangará da Serra. É sócio proprietário do escritório ARQ3 Arquitetos Associados, onde atua como arquiteto nos segmentos de arquitetura, iluminação e design de interiores residencial, comercial e corporativo em Tangará da Serra e região. Membro da ANFA – The Academy of Neuroscience for Architecture (2020). Participante da conferência ANFA 2020 com trabalho aprovado para apresentação.

Sobre Caroline Ogura:

Caroline Ogura é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paranaense (UNIPAR) – Campus Cascavel/PR. Participante do Concurso Ópera Prima 2011-2012 (Tema: Espaço Cultural Multissensorial). Trainee no escritório de arquitetura Crízel e Uren Arquitetos Associados (2008/2011). Gerente de projetos executivos no escritório de arquitetura Crízel e Uren Arquitetos Associados (2012/2013). Sócia proprietária do escritório de arquitetura Garcia e Ogura Arquitetura (2015/2019). Atualmente gerente das áreas de projeto, arte finalização e produção de conteúdo do escritório de arquitetura Lorí Crízel + Partners. Membro da ANFA – The Academy of Neuroscience for Architecture (2020). Participante da conferência ANFA 2020 com trabalho aprovado para apresentação.

 

 

 

 

 





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