3 abril 2020 A neuroarquitetura como um diferencial competitivo

Um profissional que busca destaque em sua área de atuação deve estar atento à evolução da sua atividade, e às formas de agregar valor ao seu trabalho. Na Arquitetura não é diferente. Levando em consideração que o último levantamento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) em 2018 mapeou que há no Brasil:
– mais de 154 mil arquitetos formados;
– 22 mil empresas em atividade no setor;
– 1,4 milhão de atividades realizadas.
É crucial saber se destacar neste vasto e concorrido cenário. Essa ampla concorrência tem levado bons profissionais a atuarem com orçamentos abaixo do seu potencial, ou mesmo do valor correto de mercado. Além disso, aquele que não busca melhor se preparar nos novos conceitos e aplicações voltadas à profissão, consequentemente perde um espaço valioso no cenário. O que há de mais novo em discussão hoje é a influência da neuroarquitetura para a eficácia do ato projetual.
A neuroarquitetura é uma vertente atual da arquitetura que tem demonstrado como agregar resultado aos projetos idealizados. Um desdobramento das descobertas empreendidas pela neurociência e que passaram a ser aplicadas na compreensão de como os usuários entendem e lêem os espaços. Essa nova compreensão do ser humano diante das obras é fundamental para quem procura consolidar-se no cenário.
Entender como a neuroarquitetura pode impactar na efetividade dos seus projetos vai permitir:
– entregar resultados ao invés de ideias;
– evitar o retrabalho;
– atender aos anseios do cliente ou empregar técnicas que permitem a total apropriação dos espaços;
– valorização dos orçamentos apresentados ampliando os ganhos.
O que se sabe sobre a neuroarquitetura?
A Neuroarquitetura é fruto da aplicação dos conhecimentos advindos com o desenvolvimento da neurociência, interpretados dentro do escopo de interesse da arquitetura no que diz respeito a como o ser humano é impactado:
- pelo meio que está inserido;
- pelas formas;
- cores;
- amplitude;
- distribuição espacial, entre outros.
Esses são alguns dos mapeamentos feitos em âmbito laboratorial ou de pesquisas de observação sistemática sobre o comportamento humano que ajudam a traçar parâmetros de respostas do sistema nervoso, importantes para o arquiteto aplicar em seus projetos.
A melhor compreensão de como o ser humano age mesmo no âmbito inconsciente possibilita entregar certas condicionantes na obra visando resultados muito específicos. Por exemplo: em se tratando de arquitetura corporativa um dos resultado almejados seria a saúde e bem estar do colaborador, permitindo com isso o seu melhor rendimento.
Já no âmbito da arquitetura hospitalar, o resultado de um projeto deve se atentar para condicionantes de bem estar dos pacientes e trabalhadores da saúde, criando uma atmosfera que tende à cura. Em arquitetura comercial, as soluções apresentadas devem focar nos resultados almejados pela marca atendida, que se traduzem em transmitir suas mensagens comerciais, ser um local que convida para o desbravamento de seus produtos e para uma experiência agradável de compra.
Acompanhe neste portal sobre as novidades da área e sobre a evolução das descobertas feitas no campo da neuroarquitetura. Tenho a maior satisfação em compartilhá-las com vocês.